ENSINO DE SAÚDE NA ESCOLA: BARREIRAS E DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22407/2176-1477/2023.v14.2150Palabras clave:
educação e saúde, sexualidade, alimentação, formação continuada.Resumen
Essa pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, teve como objetivo analisar as barreiras e dificuldades percebidas por professores dos anos iniciais de uma escola pública em um município da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, sobre a abordagem da temática saúde no contexto escolar. Foram incluídos docentes dos quartos e quintos anos do Ensino Fundamental de uma escola pública estadual, que responderam um questionário via google forms, constando de seu perfil profissional, e posteriormente participaram de uma entrevista semiestruturada construída pelos pesquisadores, a fim de compreender aspectos do trabalho em saúde na escola e dificuldades percebidas nesse contexto. As percepções dos professores foram analisadas por meio da análise de conteúdo de Bardin (2016). Foram incluídos dezesseis (16) professores, sendo a maioria do sexo feminino (87,5%), com média de idade de 47,5±6,90 anos. Cabe destacar que a maioria dos professores apresentavam formação em pedagogia (50%), com pós-graduação (81,3%), carga horária semanal de 40 horas (56,3%). Percebemos que a maioria dos docentes relatou dificuldades em trabalhar temáticas relacionadas à saúde no ambiente escolar, especialmente sobre sexualidade e alimentação saudável, e questões como a falta de formação docente e a falta de apoio junto à família do educando foram algumas das barreiras citadas pelos professores nesse processo. Dessa forma, reforçamos a importância de fomentar ações de formação continuada em saúde nos professores, para que esses encontrem estratégias que melhor se adaptem às suas realidades e contextos.
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