A UTILIZAÇÃO DE VÍDEOS COM CONTEÚDO INTERDISCIPLINAR ACERCA DA COVID-19: DESMISTIFICANDO FAKE NEWS EM UM CONTEXTO ESCOLAR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i3.2258

Palavras-chave:

Negacionismo científico, Letramento científico, Tecnologia Educacional, Fake news

Resumo

A pandemia causada pela Sars-CoV-2 evidenciou vários problemas em nossa sociedade, entre esses o negacionismo científico, algo que está ligado diretamente à proliferação de fake news. Parte deste negacionismo e o grande impacto das fake news ocorrem devido à falta de letramento científico por parte da população, o que motivou o desenvolvimento de um projeto escolar que teve como objetivo debater os aspectos sociais evidenciados na pandemia e promover o letramento científico de estudantes do ensino médio. Em vista da necessidade de isolamento social foram utilizadas ferramentas tecnológicas para ensinar conceitos da COVID-19, ferramentas essas como vídeos e formulários digitais. Os formulários traziam diversas notícias, falsas ou não, que circularam durante a pandemia, e os vídeos foram usados para esclarecer o que seria verdadeiro quanto ao tema abordado. Para a avaliação da metodologia e dos vídeos implementados foi utilizada a Análise Textual Discursiva (ATD), a qual se baseia em uma análise criteriosa da resposta de cada aluno. Os resultados obtidos demonstraram que a maioria dos alunos envolvidos aprovou e gostou do projeto aplicado, evidenciando ter sido essa uma opção bem-sucedida para promover letramento científico sobre assuntos relacionados à COVID-19

Biografia do Autor

Henrique von Pressentin Hollauer, Mestrando em Química pela PUC-RJ

Licenciado em Química pela UFF e Mestrando em Química pela PUC-RJ

Adriana Ramos Pinheiro, IFRJ

Mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Graduação em Licenciatura em Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002). Atualmente é professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro campus Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Química com ênfase em Química Inorgânica e na área de educação com ênfase em Química Geral e Inorgânica para o nível médio/ técnico e graduação.

Sheila Pressentin Cardoso, IFRJ

Doutora em ciências em engenharia metalúrgica e de materiais pela UFRJ, Mestre em química pela UFF, Licenciada em Química pela UERJ. Professora permanente do PROPEC/IFRJ

Linhas de pesquisa, ensino de química, formação de professores, material didático para ensino de ciências

Maura Ventura Chinelli, UFF

Doutora em Ensino em Biociências e Saúde pelo Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ (2008), Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2001), graduada em Química ? Licenciatura e Bacharelado - pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978 e 1979) e em Pedagogia/Supervisão Escolar pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1981). Atualmente sou professora Associada da Universidade Federal Fluminense, lecionando na Licenciatura em Química e no Programa de Pós-Graduação stricto-sensu em Ensino de Ciências da Natureza. Tenho experiência na área de Educação, atuando nos seguintes temas: Educação em Ciências, com ênfase no ensino de Química, divulgação científica e formação inicial e continuada de professores

Referências

AVAAZ. O Brasil está sofrendo uma infodemia de Covid-19. 2020.

BAHIA, A. B.; SILVA, A. R. L. Modelo de produção de vídeo didático para EaD. Revista Renote: Novas Tecnologias na Educação. v. 15, 2017.

BAHIA, A. B.; SILVA, A. R. L. Vídeo didático: um guia para o professor. Florianópolis: IFSC, 2015.

BARCELOS, T. N.; MUNIZ, L. N.; DANTAS, D. M.; JUNIOR, D. F. C.; CAVALCANTE, J. R.; FAERSTEIN, E. Análise de fake news veiculadas durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 45, 2021.

CAPONI, S. Covid-19 no Brasil: entre o negacionismo e a razão neoliberal. Estudos Avançados, v. 34, n. 99, 2020.

CARVALHO, M. F. C.; MATEUS, C. A. Fake News e desinformação no meio digital: análise da produção científica sobre o tema na área de ciência da informação. Anais. V Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Gestão e Ciência da Informação das Regiões Sudeste, Centro-oeste e Sul. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2018.

CERON, W.; SANTOS, M.D.L; QUILES, M.G. Fake News agenda in the era of COVID-19: Identifying trends through fact-checking content. Online Social Networks and Media, v. 21, p. 100116, 2020.

CHASSOT, A. Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. 8° ed. Ijuí, Ed. Unijuí, 2018.

GALHARDI, C. P.; FREIRE, N. P.; MINAYO, M. C. S.; FAGUNDES, M. C. M. Fato ou Fake? Uma análise da desinformação frente à pandemia da Covid-19 no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, 2020.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

JAMIL, G. L.; NEVES, J. T. R. A era da informação: considerações sobre o desenvolvimento das tecnologias da informação. Perspectivas em Ciências da Informação, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 41-53, 2000.

JORGE, M. A. C.; MELLO, D. M.; NUNES, M. R. Medo, perplexidade, negacionismo, aturdimento – e luto: afetos do sujeito na pandemia. Revista Latinoamericana de psicopatologia fundamental, v. 23, n. 3, 2020.

LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora?: novas exigências educacionais e profissão docente. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1998.

MASSARANI, L.; CASTEALFRANCHI, Y.; FAGUNDES, V.; MOREIRA, I.; MENDES, I. O que jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia? Resumo executivo. INCT-CPCT, 2019.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. 3° ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2016.

MOREL, A. P. M. Negacionismo da Covid-19 e educação popular em saúde: para além da necropolítica. Trabalho, Educação e Saúde, v. 19, 2021.

MORIN, E. A cabeça bem-feita, 8° ed., São Cristóvão: Ed. Bertrand Brasil LTDA, 2003.

PEDRUZZI, A. N.; SCHMIDT, E. B.; GALIAZZI, M. C.; PODEWILS, T. L.; Análise textual discursiva: os movimentos da metodologia de pesquisa. Atos de Pesquisa em Educação, v. 10, n. 2, p. 584-604, 2015.

RECUERO, R.; GRUZD, A. Cascatas de Fake News Políticas: um estudo de caso no Twitter. Galáxia, v. 41, 2019.

SANTORO, L. F. A imagem nas mãos: o vídeo popular no Brasil. São Paulo: Summus, 1989.

SASSERON, L. H.; Alfabetização científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Revista Ensaio, v. 17, p. 49-67, 2015.

SASSON, A.; VILCHES, A.; CARVALHO, A. M. P.; MACEDO, B.; PÉREZ, D. G.; FRIGERIO, G.; KATZKOWICZ, R. Cultura Científica um direito de todos. Brasília: UNESCO, 2003.

SCHWARCZ, L. M. Pandemia não pode trazer autoritarismo. É um perigo, alerta historiadora. [entrevista cedida a] Guilherme Amado. Época, 2020. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/epoca/guilherme-amado/pandemia-nao-pode-trazer-autoritarismo-um-perigo-alerta-historiadora-24352520>. Acesso em: 3 jan. 2022.

SILVA, J. B. O vídeo como recurso didático. Chuí/RS, 2009. Monografia - Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação. Universidade Federal do Rio Grande, Chuí, Rio Grande do Sul, 2009.

VASCONCELLOS-SILVA, P. R.; CASTIEL, L. D. COVID-19, as fake News e o sono da razão comunicativa gerando monstros: a narrativa dos riscos e os riscos das narrativas. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n. 7, 2020.

Downloads

Publicado

2022-10-03

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)