O USO DO DIÁRIO DE BORDO COMO SUPORTE AO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: REFLETINDO SOBRE O LUGAR E SEUS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2020.v11i2.1110

Palavras-chave:

Ensino de Ciências, Ensino-Aprendizagem, Interdisciplinaridade, Diário de Bordo, Análise Textual discursiva

Resumo

Este trabalho possui como eixo principal problematizar o uso do diário de bordo como ferramenta de acompanhamento e suporte ao ensino-aprendizagem na Educação em Ciências. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, exploratória e descritiva e que teve como cenário uma escola pública rural no município de Nova Iguaçu, RJ, com estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental no período bimestral entre março e junho de 2018. Os envolvidos na pesquisa desenvolveram diagnósticos socioambientais da localidade onde vivem fazendo uso do diário de bordo como ferramenta de acompanhamento das atividades, que foram analisados sob as perspectivas da Análise Textual Discursiva. Esta análise possibilitou observar que, com as atividades elaboradas e desenvolvidas, associadas ao uso do diário de bordo como ferramenta de acompanhamento das atividades, houve crescimento qualitativo na capacidade de identificação de problemáticas socioambientais no lugar onde vivem, bem como o da capacidade de avaliação sobre os possíveis riscos. Além disso, foram observados questionamentos reconstrutivos, formulação de hipóteses e busca de respostas para estas questões.

Biografia do Autor

Eline Deccache Maia, Instituto Federal de Educação Ciência e tecnologia do Rio de Janeiro

Possui graduação em Ciências Sociais,mestrado em Sociologia e Antropologia e doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional, todos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Concluiu o Pós-doutorado pela FIOCRUZ-Ba, atuando como pesquisadora no projeto de popularização de ciência "Ciência na Estrada: educação e cidadania", exercendo o papel de vice-coordenadora do mesmo. Acumulou experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana,  nos seguintes temas: juventude, educação, esporte, saúde, políticas públicas e popularização de ciências e Ensino de Ciências. É professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro vinculada ao Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências (PROPEC) e é líder do Grupo de Pesquisa Ciência, (Arte), Tecnologia e Sociedade - C(A)TS. Atualmente coordena o Mestrado e o Doutorado Profissional em Ensino de Ciências do IFRJ.

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Publicado

2020-08-14

Edição

Seção

Artigos Científicos