PERFIL ALIMENTAR DE MULHERES RIBEIRINHAS COM LESÕES PRECURSORAS DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO, NO ESTADO DO PARÁ

Autores

  • Gleyce Santos
  • Bruna Borges
  • Elza Brito
  • Saul Carneiro
  • Maria da Conceição Pinheiro

Resumo

Introdução: A base alimentar das comunidades ribeirinhas é composta principalmente do pescado e de farinha de mandioca. O peixe é boa fonte de gorduras polinsaturadas, incluindo ômega 3. Essa gordura pode influenciar no mecanismo de estresse oxidativo e possivelmente no combate a evolução das SIL. Objetivos: Verificar se há associação entre a frequência de consumo de peixes e as lesões precursoras do câncer de colo uterino em mulheres ribeirinhas, no Estado do Pará. Métodos: Estudo observacional transversal, realizado nos anos de 2013 a 2016. Participaram 384 mulheres de regiões ribeirinhas, inclusas no programa de prevenção do câncer de colo do útero. O estudo consistiu em análise de informações sobre a frequência de ingestão de peixes e o registro das lesões escamosas de colo uterino. O consumo de peixe na dieta foi avaliado de acordo com a frequência de ingestão (refeições) sem anal de pescado, conforme descrito por brune et al, (1991), com algumas adequações. Resultados: Apenas uma das comunidades estudadas, mostrou forte relação entre o consumo de pescado e o surgimento de SIL. Conclusão: Possivelmente a quantidade de mercúrio acumulado através da dieta, nesta comunidade pode estar influenciando na ocorrência da lesão escamosa.

Referências

Sampaio, C. & Almeida, F. (2009). Vitaminas antioxidantes na prevenção do câncer do colo uterino, Rev. bras. Cancerol, 55, 289-296. Velho, I.; Veber, J. &Longhi, R. (2017). Efeito do ácido graxo poli-insaturado ômega 3 (ω- 3) em praticantes de atividade física: uma revisão sistemática. RBNE,11,3-9.

Kim, J.et al. (2010). Ômega-3 and Omega-6 fatty acids suppress ER- and oxidativestress in cultured neurons and neuronal progenitor cells from mice lacking PPT1. Neurosci Lett, 479, 292-6

Frankel E. 2005. Lipid oxidation. Bridgwater.Oilys.

Ergström, K.et al. (2009). Effect of fish oils containing different amounts of EPA, DHA, and antioxidants on plasma and brain fatty acids and brain nitric oxide synthase activity in rats. Ups J Med Sci, 114,206-13.

Alimentos vs Doenças. (2010). FIB ,12, Disponível em: https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060941831001465322904.pdf

Felippe, J. (2009). Óleo de peixe ômega-3 e câncer: diminuição da proliferação celular maligna, aumento do apoptose, indução da diferenciação celular e diminuição da neoangiogênese tumoral. Rev.Eletr. Assoc.Bras. Med.Comp, 20, 06

Padilha, C. & Pinheiro, L. (2004). O Papel dos Alimentos Funcionais na Prevenção e Controle do Câncer de Mama. Rev. bras. cancerol ,50, 251-260.

Biangulo, F.; Gomes, R. &Fortes, C. (2009). Efeitos dos ácidos graxos ômega-3 em mulheres com câncer de mama: uma revisão da literatura. Comun. ciênc. Saúde,20,253-264.

Bezerra, S.S.et al. (2005). Perfil de mulheres portadoras de lesões cervicais por HPV quanto aos fatores de risco para câncer de colo uterino. J bras Doenças Sex Transm, 17,43-8.

Rama, C.H. (2008). Prevalência do HPV em mulheres rastreadas para o câncer cervical. Rev. Saúde Púb, 42, 123-130.

Leite, F.M.C.et al. (2010). Mulheres submetidas à coleta de Papanicolau: perfil socioeconômico e reprodutivo. Rev.bras.pesqui.saúde,1, 57-62.

Menetrier, V.; Boing, A, & Medeiros, A. (2016). Alterações citopatológicas do colo uterino em mulheres atendidas na 8° Região do Paraná no ano de 2014. R. Saúde Públ. Paraná ,17,169-177.

Cirino, B.; Nichiata, I. & Borges, V. (2010). Conhecimento, atitude e práticas na prevenção do câncer de colo uterino e HPV em adolescentes. Rev.Enferm, 14, 126-34.

Sharon, A. M. D .et al. (1997). Increased prevalence of abnormal Papanicolaou smears in urban adolescents. Arch Pediatr Adolesc Med,151, 481-484.

Gomes, M.; Bezerra, P.; Moreira, T. & Pinto, S. (2010). Exame de Papanicolau: fatores que influenciam as mulheres a não receberem o resultado. Enferm. Glob 2010, 20.

Fernandes, C. et al. (2012). Rev. Nutr. (Campinas), 25, 83-295.

Lushchak I. (2016). Contaminant-Induced Oxidative Stress in Fish: A Mechanistic Approach. Fish Physiol Biochem.

Arellano, N.et al.(2018). Mercury Levels and Risk Implication Through Fish Consumption on the Sinaloa Coasts (Gulf of California, Northwest Mexico). Risk Anal, 8, 2646-2658.

Zupo, V.et al. (2019). Mercury accumulation in freshwater and marine fish from the wild and from aquaculture ponds. Environ Pollut, 255.

Mozaffarian, D & Rimm, B. Fish intake, contaminants, and human health: evaluating the risks and the benefits. (2006). JAMA, 296, 1885-1899.

Mahaffey, R. et al. (2011). Balancing the benefits of n3 polyunsaturated fatty acids and the risks of methylmercury exposure from fish consumption. Nutr.Ver, 69, 493-508

Skrovankova, S.et al. (2015). Bioactive compounds and antioxidant activity in different types of berries. Int J Mol Sci, 16, 24673-- 24706.

Menezes, S. (2006). Valor nutricional de espécies de peixes (água salgada e estuário) do Estado de Alagoas. Maceió, AL. Dissertação [Mestrado em Química] -Curso de Pós-graduação.

Uauy, R & Dangour D. (2016). Nutrition in Brain Development and Aging: Role of Essential Fatty Acids. Nutr,64,24–33.

Fragoso, F.; Prado, G.; Barbosa, L & Rocha, S. (2012) Inhibition of Mouse Urinary Bladder Carcinogenesis by Açai Fruit (Euterpe oleraceae Martius) Intake. Plant Foods Hum. Nutr ,67, 235–241.

Cordeiro, C. et al. (2017). Euterpe oleracea Mart. seed extract protects against renal injury in diabetic and spontaneously hypertensive rats: role of inflammation and oxidative stress. Eur. Journal of Nutrition, 1-16.

Castro, D. & Teodoro, A. (2015). Anticancer Properties of Bioactive Compounds of Berry Fruits - A Review. Br J Med Res, 6, 771-794.

A R Giuliano. et al. (1997). Antioxidant nutrients: associations with persistent human papillomavirus infection. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev ,6 ,917-923.

Ferraz, M.; Steluti, J. & Marchioni, L. (2010). The vitamins and minerals related to genomic stability and cancer protection. Nutrire. RASBRAN, 35,181-199.

Srivastava, S.et al. (2009). Lipid peroxidation and antioxidants in different stages of cervical cancer: prognostic significance. Indian J cancer ,46, 297. Looi , M. et al. (2008). Oxidative damage and antioxidant status in patients with cervical intraepithelial neoplasia and carcinoma of the cervix. Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev, Eur. J Cancer Prev,17, 555-560.

Williams, C.D. et al. (2011). A high ratio of dietary n-6/n-3 polyunsaturated fatty acids is associated with increased risk of prostate cancer. Nutr. Res, 31,1-8.

Kong, Q & Lillehei, K. (1998). O. Antioxidant inhibitors for cancer therapy. Med.l Hypotheses,51,405-409.

Downloads

Publicado

2021-04-03

Edição

Seção

Nutrição