EDUCAÇÃO INCLUSIVA: MODELO DIDÁTICO DE PEIXE PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.22407/2176-1477/2019.v10i3.1022Palavras-chave:
recurso didático, peixe ósseo, cego, morfologia.Resumo
Entende-se por Educação Inclusiva (EI) a necessidade de adaptação das estruturas físicas e pedagógicas para atender a diversidade de alunos. Nessa perspectiva, a transposição didática dos conteúdos na disciplina de Ciências e Biologia para alunos com deficiência visual é uma tarefa angustiante por não haver materiais suficientes com essa finalidade. A elaboração do presente trabalho teve como objetivo elaborar e testar um modelo didático de peixe ósseo para auxiliar no ensino de Ciências e Biologia para alunos videntes e não videntes. A preparação do material com todos os detalhes reentrâncias e texturas durou três meses. Nesta fase houve algumas dificuldades como a de encontrar materiais com texturas e formatos aproximados ao real, resistentes e de baixo custo. O modelo foi aplicado com dois alunos cegos, um deles da Universidade Federal de Sergipe (A1), que auxiliou com sugestões para a melhoria do material produzido; e (A2) aluna do Centro de Apoio Pedagógico (CAP) acompanhada pela professora assistente. A1 e A2 foram orientados através do sentido auditivo e tátil e puderam perceber a localização de todas as estruturas facilmente. Isto evidencia a eficiência do material produzido. A professora assistente do CAP relatou a importância do material, e disse ser o caminho certo para EI. A participação dos alunos e da professora foi de grande valor, pois impulsiona a continuidade de trabalhos como este. O uso de recursos didáticos diferenciados mostra-se um potencial instrumento na aquisição do conhecimento, desmistificando os estigmas relacionados à percepção do aluno cego. A criatividade e o baixo custo na produção tornam-se ferramentas importantes e despertam entusiasmo dos alunos em aprender e dos professores ao ensinar. Grupos de pesquisa têm aprimorado as discussões sobre EI nas últimas décadas, porém existem prerrogativas que precisam ser atendidas para tornar efetiva a inclusão destes alunos em todos os níveis de ensino.Referências
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