FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM DIÁLOGO COM PESQUISAS E PRÁTICAS DOCENTES
DOI:
https://doi.org/10.22407/2176-1477/2020.v11i2.1644Abstract
Os processos de formação de professores se instalam no Brasil nos meados do século XIX, exclusivamente voltados para o chamado ensino primário. Somente na década de 1930 o país passou, ainda que de forma tímida, a formar professores em nível superior para o ensino secundário, que corresponde, atualmente, ao segundo segmento do ensino fundamental e ao ensino médio. Esta formação para o magistério em nível superior, em cursos de licenciatura, avançou lentamente, sem dar conta de formar professores em número suficiente para atender a expansão da escolarização em um país que se urbanizava e modernizada. A expansão dos cursos de licenciatura só ganha maior impulso após a Lei No 5.692/1971, que reestrutura a educação básica, tornando obrigatória a escolarização de 8 anos, naquilo que passou a ser denominado ensino de 1º grau (atual ensino fundamental, excluindo-se o 1º ano destinado à alfabetização). Esta ampliação da escolarização obrigatória se dá articulada à expansão da formação de professores, embora aligeirada, na forma de licenciaturas curtas, que se somaram de forma bastante expressiva, aos cursos plenos pré-existentes. Com a redemocratização do país, após os 20 anos de regime militar, e posteriormente, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei No 9.394/1996, as licenciaturas curtas deixam de existir e a discussão sobre formação de professores se intensifica, passando a ser incluída no debate sobre a ampliação do acesso e da permanência na escola de parcelas cada vez maiores da população brasileira, antes excluídas do sistema educacional e que passam a desafiar toda a estrutura escolar e, principalmente, seus professores. Se o mundo globalizado exige um novo trabalhador, a formação deste requer um novo professor.References
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