BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS COMO FERRAMENTA CHAVE NA PREVENÇÃO DE AFLATOXINAS M1 EM QUEIJOS
Resumo
Dentre os diversos derivados lácteos, o queijo se caracteriza como um dos mais susceptíveis ao acúmulo de aflatoxinas devido à elevada afinidade desses metabólitos tóxicos as micelas de caseína. Quando ingeridas, essas substâncias podem provocar danos diretos ao fígado, assim como originar problemas de imunidade e/ou congênitos e, em último caso, até a morte dos indivíduos, constituindo um grave problema de saúde pública. Adicionalmente, grandes perdas econômicas podem ser contabilizadas através dos prejuízos a saúde dos rebanhos e grandes reduções na produtividade leiteira. Entraves na comercialização do leite e derivados lácteos também podem ocorrer como consequência de sanções de ordem sanitária devido à presença de aflatoxinas M1 acima dos limites permitidos pela legislação. Todavia, diante do atual conhecimento científico, que reconhece que não é possível impedir completamente o desenvolvimento de fungos micotoxigênicos nas plantações de cereais, e que esses alimentos são extensivamente utilizados na composição das rações dos rebanhos leiteiros, pode-se afirmar que estas toxinas constituem um grave problema da cadeia produtiva do leite, pois mesmo os animais apresentando a capacidade de eliminar parte desses compostos pelas fezes e urina, outra fração sofre biotransformação hepática sendo eliminada pelo leite. Portanto, essa revisão teve como objetivo demonstrar a importância das Boas Práticas Agropecuárias como uma ferramenta chave para prevenir o aparecimento de aflatoxinas do tipo M1 em queijos.
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