PÓS-COLHEITA, MORFOMETRIA E RENDIMENTO DE CASTANHAS-DO-BRASIL DA REGIÃO AMAZÔNICA

Autores

  • Maria Aparecida Fogaça Bitencourt
  • Osvaldo Resende
  • Weder Nunes Ferreira Junior
  • Manoel Ricardo Bezerra Santos
  • Érika Gonçalves Andrade

Resumo

As castanhas-do-Brasil podem ser comercializadas com ou sem o beneficiamento, sendo a secagem o principal processo aplicado para manter a qualidade da castanha. No entanto, o beneficiamento da castanha ainda é rústico devido à falta de informações tecnológicas, como por exemplo, o conhecimento sobre a morfometria e o rendimento deste produto para utilização no dimensionamento de equipamentos para o processamento das castanhas. Com isso, o objetivo neste estudo foi caracterizar as principais etapas pós-colheita das castanhas, bem como determinar as informações a respeito do rendimento e morfometria do ouriço, castanhas e amêndoas de castanheiras-do-Brasil da região Amazônica. Foram utilizados 20 ouriços de castanheiras-do-Brasil coletados em um castanhal na região amazônica, sendo realizado o levantamento e a caracterização da morfometria do produto. O número médio de castanhas-do-Brasil por ouriço é de 19 unidades, variando de 15 a 24 castanhas por ouriço. Em relação ao número de amêndoas viáveis estas variam de 12-22 unidades por fruto, e a média é de 18 amêndoas. O rendimento médio de castanhas é de 261,39 g e amêndoas de 112,27 g por ouriço, isso representa 31,93 e 13,73%, respectivamente, de rendimento sobre pessoa massa do ouriço.

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Publicado

2020-10-17

Edição

Seção

Meio Ambiente e Alimentos