CARACTERIZAÇÃO BROMATOLÓGICA DO ALECRIM (Rosmarinus officinalis) IN NATURA

Autores

  • Wellyson Jorney dos Santos Silva
  • Maria Gorete Araújo Santos
  • Cícera Cavalcante de Lisboa

Resumo

Plantas aromáticas podem contribuir para a promoção da saúde devido às diversas atividades biológicas. Objetivou-se caracterizar físico-químicamente folhas de alecrim, a fim de verificar os seus teores. As folhas foram levadas ao laboratório para a lavagem em água corrente descartando as murchas e amareladas, separando- as dos talos. As análises foram realizadas no Laboratório de Análises Físico-química de Alimentos – LAFIQ, para umidade, cinzas, pH, acidez, sólidos solúveis, e vitamina c conforme metodologias do Instituto Adolfo Lutz (BRASIL, 2008), para cálcio, ferro e fósforo seguindo metodologias da AOAC (1975) e fibras pela metodologia de Pearson (1971). A umidade (50,12%) demonstra que a erva não contém grande quantidade de água. Os teores de cinzas (7.01%) pH (6,0%), acidez (0,31%), sólidos solúveis (5,1%) e fibras (6,52%) apresentaram-se próximos aos valores vistos na literatura. Os minerais apresentaram teores em mg/100 (0,49), (0,03) e (1,55) para Ca, Fe e P respectivamente. Considerando os valores de umidade, pH e acidez, conclui que o alecrim apresenta uma boa conservação, já que esses parâmetros são indicativos de deterioração por microrganismos e que ainda existem poucos estudos avaliando os teores do alecrim in natura.

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Publicado

2020-08-01

Edição

Seção

Nutrição