PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA VIDA ÚTIL DE QUEIJO MINAS FRESCAL ENRIQUECIDO COM ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM LIMÃO

Autores

  • Tainara Leal Sousa
  • Jessyca Pinheiro Silva
  • Júlia Nascimento Vieira
  • Leonardo Rodrigues
  • Thalyta do Prado Carvalho
  • Leticia Fleury Viana
  • Melissa Cássia Favaro Boldrin Freire

Resumo

O queijo Minas Frescal é um dos queijos mais populares do Brasil. Por sua composição completa e balanceada, o leite, principal matéria–prima para a fabricação de queijos, é um substrato ideal para o desenvolvimento de diversos microrganismos. Dependendo do tipo e quantidade de micro-organismos presentes pode haver significativas alterações nos queijos, que podem diminuir seu valor de comercialização ou torná-lo impróprio para o consumo. O objetivo do presente trabalho foi produzir e analisar a microbiologia do queijo Minas Frescal para comparar e verificar se a adição do óleo essencial de capim limão no produto alterou a vida de prateleira devido a suas características antimicrobianas. Os resultados obtidos nas análises microbiológicas para coliformes totais e termotolerantes mostraram que as amostras se encontraram dentro do padrão estabelecido pela resolução RDC nº 12 de 02 de janeiro de 2001. Para as análises de Salmonella spp., não teve presença do micro-organismo em 25 g das amostras analisadas. Foi possível concluir que os queijos “in natura” e com adição de óleo essencial analisados, estão em condições higiênico-sanitárias adequadas para o consumo.

Referências

BAJPAI, V.K.; RAHMAN, A.; SUN C.K. 2008. Chemical composition and inhibitory parameters of essential oil and extracts of Nandina domestica Thunb. to control food- borne pathogenic and spoilage bacteria. International Journal of Food Microbiology, 125, p.117-22.

BODINI, R.B. Desenvolvimento de materiais poliméricos bioativos à base de gelatina e própolis. Dissertação (Mestrado em Ciências). Pirassununga, SP: Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. p.86.

BRASIL. 2001. ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução nº 12 de 02 de janeiro de 2001. Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Brasília-DF, 2001.

BURITI, F. C. A.; ROCHA, J. S.; ASSIS, E. G.; SAAD, S. M. I. 2005. Incorporation of Lactobacillus acidophilus in Minas fresh cheese and its implications for textural and sensorial properties during storage. International Dairy Journal, 15,1279- 1288.

CALLON, C.; PICQUE, D.; CORRIEU, G.; MONTEL, M. C. 2011. Ripening conditions: a tool for the control of Listeria monocytogenes in uncooked pressed type cheese. Food Control, 22, 1911-1919.

CARVALHO, H.H.C.; WIEST, J.M.; GRECO, D.P. 2006. Atividade antibacteriana e a preditividade do condimento Artemisia dracunculus Linn. (Asteraceae), variedade inodora- estragão - frente a Salmonella sp. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 26, 75-79.

CARVALHO, J.D.G.; VIOTTO, W.H.; KUAYE, A.Y. 2007. The quality of Minas frescal cheese produced by different technological processes. Food Control, 18, 262-267.

CUNHA-NETO, A.; CARVALHO, L.A.; CASTRO, V.S.; BARCELOS, F.G.; CARVALHO, R.C.T.; RODRIGUES, D.P.; CONTE-JUNIOR, C.A. 2020. Salmonella Anatum, S. Infantis and S. Schwarzengrund in Brazilian Cheeses: occurence and antibiotic resistance profiles. International Journal of Dairy Technology, 73, 296-300.

HOLLEY, R.A.; PATEL, D. 2005. Improvement in shelf-life and safety of perishable foods by plant essential oil and smoke antimicrobials. Food Microbiology. 22, 273-292.

LOLLO, P. C., MORATO, P. N., MOURA, C. S., ALMADA, C. N., FELICIO, T. L., ESMERINO, E. A. 2015. Hypertension parameters are attenuated by the continuous consumption of probiotic Minas cheese. Food Research International, 76, 611–617.

LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. 254p.

MAPA. 2003. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa – IN n° 62, de 18 de setembro de 2003; Anexo. Dispõe sobre os métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água, 2003.

NASCIMENTO, M.; MORENO, I.; KUAYE, A.Y. 2008. Applicability of bacteriocin producing Lactobacillus plantarum, Enterococcus faecium and Lactococcus lactis ssp. Lactis as adjunct starter in Minas frescal cheese making. International Journal of Dairy Technology, 61, 352-357.

OLIVEIRA, T. L. C.; ARAÚJO SOARES, R.; RAMOS, E. M.; GRAÇAS CARDOSO, M.; ALVES, E.; PICCOLI, R. H. 2011. Antimicrobial activity of Satureja montana L. essential oil against Clostridium perfringens type A inoculated in mortadella-type sausages formulated with different levels of sodium nitrite. International Journal of Food Microbiology, 144, 546–555.

OLIVEIRA, E. W., ESMERINO, E. A., CARR, B. T., PINTO, L. P. F., SILVA, H. L. A., PIMENTEL, T. C., BOLINI, H. M. A.; CRUZ, A. G. FREITAS, M. Q. 2017. Reformulating Minas Frescal cheese using consumers’ perceptions: Insights from intensity scales and check-all-that-apply questionnaires. Journal of Dairy Science, 100, 6111–6124.

ROCHA, R. S., SILVA, R., GUIMARÃES, J. T., BALTHAZAR, C. F., PIMENTEL, T. C., NETO, R. P. C., NETO, R. P.C. ; TAVARES, M. I. B.; ESMERINO, E. A.; FREITAS, M. Q.; CAPPATO, L. P.; CALVACANTI,R.N.; RODRIGUES, F. N.; , RAICES, R. S.L.; SILVA, M.C.; CRUZ, A. G. 2020. Possibilities for using ohmic heating in Minas Frescal cheese production. Food Research International, 131, 109027.

SILVA, T. V. 2008. Caracterização físico-química de queijos tipos Minas Frescal produzidos por pequenos produtores do município de Guarapuava e região. Salão de Extensão e Cultura, 4, 35p.

SOLOMAKOSA, N.; GOVARISA, A.; KOIDISB, P.; BOTSOGLOU, N. 2008. The antimicrobial effect of thyme essencial oil, nisin, and their combination against Listeria monocytogenes in minced beef during refrigerated storage. Food Microbiology, 25, 120-127.

SOUZA, C.; BURITI, F.; BEHRENS, J.; SAAD, S. 2008. Sensory evaluation of probiotic Minas fresh cheese with Lactobacillus acidophilus added solely or in co- culture with a thermophilic starter culture. International Journal of Food Science and Technology, 43, 871-877.

TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Porto Alegre-RS: Artmed, 2000. 827p.

USDA. Produção brasileira de lácteos deve crescer 2% em 2020, estima USDA, 2019. Disponível em https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/gironoticias/producao-brasileira-de-lacteos-crescera-2-em-2020-estima-usda216615/Acesso em 03/11/2019.

WHO - World Health Organization, (2019). Disponível em: https://www.who.int/es/newsroom/fact-sheets/detail/food-safety. Acesso em: 06 maio.

Downloads

Publicado

2020-07-17

Edição

Seção

Microbiologia de Alimentos