Redes sociais como fontes de informação para pesquisas de mercado: um estudo sobre veganismo e as dietas “plant-based”

Autores

  • Marina Gonzalez Barandela Aleixo
  • Rafael Marrafa Leal
  • Bruna Boaretto Durço
  • Mônica Marques Pagani
  • Denise Rosane Perdomo Azeredo
  • Erick Almeida Esmerino

Resumo

Os termos “vegan” e dieta ‘plant-based’ (ou dietas a base de plantas), embora muito utilizados para designar pessoas que aderem um estilo de vida que exclua ou reduza o consumo e utilização de produtos de origem animal, não possuem o mesmo significado. A dieta ’plant-based’ consiste num padrão alimentar que prioriza o consumo de alimentos vegetais e cereais integrais, já o estilo de vida vegano, por ser mais abrangente à diversas áreas da vida, não se resume somente a questão alimentar, visto que busca excluir, na medida do possível, todas as formas de exploração e crueldade animal. Neste contexto, a indústria tem percebido as tendências do veganismo e das dietas à base de plantas como segmentos de mercado extremamente atraentes. Diante disso, o presente trabalho debateu essa temática sob a ótica dos usuários de mídias sociais, especificamente do Twitter®, visando entender a percepção e discurso de seus usuários a respeito dos conceitos de dieta ‘plant-based’ e vegana. Entre os resultados obtidos, destaca-se que os usuários do Twitter® que compartilham mensagens convergentes à palavra ‘vegan’, têm maior predileção por postagens sobre receitas, tendências e estabelecimentos veganos. Já os usuários que publicam sobre dietas ‘plant-based’ tem uma maior inclinação para a questão de saúde e qualidade de vida. Conclui-se que as redes sociais podem ser ferramentas importantes na obtenção da percepção de usuários, e podem fornecer informações relevantes para empresas foodtech aplicarem em estratégias de mercado alinhadas a estes perfis crescentes de consumidores.

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Publicado

2020-01-25

Edição

Seção

Análise Sensorial e Estudos do Consumidor