Produto cárneo multigrão

Autores

  • Betânia Cristina Rosa Soares
  • Augusto Aloísio Benevenuto Júnior
  • Wellingta Cristina Almeida do Nascimento Wellingta Cristina Almeida do Nascimento Benevenuto
  • Vanessa Riani Olmi Silva
  • Márcia Maria de Carvalho
  • Maurício Henriques Louzada Silva

Resumo

Carnes são fontes de proteínas e micronutrientes importantes para saúde, porém, não são fontes de carboidratos e fibra alimentar e enfrentam críticas devido a presença de gorduras saturadas. Objetivou-se, nesse estudo, desenvolver um produto cárneo multigrão nutricionalmente mais equilibrado, avaliando-se diferentes combinações e concentrações de grãos. Foram elaboradas três formulações, sendo a formulação A com as mesmas concentrações dos grãos (3% de aveia, 3% de chia, 3% de linhaça, 3% de quinoa e 3% de sorgo), formulação B com priorização dos mais ricos em fibras e gorduras insaturadas (1% de aveia, 6% de chia, 6% de linhaça, 1% de quinoa e 1% de sorgo) e formulação C com priorização dos mais ricos em carboidratos (4% de aveia, 1,5% de chia, 1,5% de linhaça, 4% de quinoa e 4% de sorgo). Foram analisadas as características microbiológicas durante o armazenamento, o grau de aceitação, em que se utilizou escala hedônica para aparência, aroma, sabor, textura e impressão global, e a intenção de compra. Verificou-se que os produtos apresentarem boa estabilidade microbiológica durante o armazenamento, que as pontuações gerais de aceitabilidade variaram entre “gostei ligeiramente” e “gostei muito”, que a intenção de compra variou entre “talvez sim/talvez não” e “provavelmente compraria” com a formulação B apresentando as menores notas. As formulações podem favorecer o aumento do consumo de fibras e gorduras insaturadas pela população e são uma tendência no processamento de carnes.

Referências

Andrews, W.H.; Flower, R.S.; Silliker, J.; Bailey, J.S. Salmonella. In: Downes, F.P.; Ito, K. Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 4 ed. Washington, DC: American Public Health Association – APHA, 2001. Chapter 3, p. 357-380.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 02 de janeiro de 2001.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 54, de 12 de novembro de 2012. Regulamento técnico sobre Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 12 de novembro de 2012.

Carvalho, L. T.; Pires, M. A.; Baldin, J. C.; Munekata, P. E. S.; Carvalho, F. A. L.; Rodrigues, I.; Polizer, Y. J.; Mello, J. L. M.; Lapa-Guimarães, J.; Trindade, M. A. Partial replacement of meat and fat with hydrated wheat fiber in beef burgers decreases caloric value without reducing the feeling of satiety after consumption. Meat Science, v. 147, p. 53-59, 2019.

Cofrades, S.; Benedí, J.; Garcimartin, A.; Sánchez-Muniz, F. J.; Jimenez-Colmenero, F. A comprehensive approach to formulation of seaweed-enriched meat products: From technological development to assessment of healthy properties. Food Research International, v. 99, p. 1084-1094, 2017.

European Commission (EC). Commission Regulation of 20 december 2006. Regulation on nutrition and health claims made on foods. European Commission, 20 december 2006.

Ferreira, D. F. Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, v. 38, n.2, p. 109-112, 2014.

Kornacki, J.L.; Johnson, J.L. Enterobacteriaceae, coliforms, and Escherichia coli as quality and safety. In: DOWNES, F.P.; ITO, K. (Eds.). Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 4 ed. Washington, DC: American Public Health Association – APHA, 2001, p. 9-81.

Küster-Boluda, I.; Vidal-Capilla, I. Consumer attitudes in the election of functional foods. Spanish Journal of Marketing - ESIC, v. 21(S1), p. 65-79, 2017.

Labbe, R.G. Clostridium perfrigens. In: DOWNES, F.P.; ITO, K. Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 4 ed. Washington, DC: American Public Health Association – APHA, 2001. p. 325-330.

Lancett, G.A.; Bennett, R.W. Staphylococcus aureus and Staphylococcal enterotoxins. In: DOWNES, F.P.; ITO, K. Compendium of methods for the microbiological examination of foods. 4 ed. Washington, DC: American Public Health Association – APHA, 2001. Chapter 39, p. 387-403.

Shan, L. C.; Brún, A. D.; Henchion, M.; Li, C.; Murrin, C.; Wall, P. G.; Monahan, F. J. Consumer evaluations of processed meat products reformulated to be healthier – A conjoint analysis study. Meat Science, v. 131, p. 82-89, 2017.

UNICAMP. Universidade Estadual De Campinas. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). 4. ed. Campinas, SP, 2011. 161 p.

USDA. United States Department Of Agriculture. National Nutrient Database for Standard Reference. Disponível em: <http://ndb.nal.usda.gov/ndb/foods/list>. Acesso em: 15 ago. 2018.

USP. Universidade De São Paulo. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). São Paulo, SP, 2017. Disponível em: <http://www.fcf.usp.br/tbca/>. Acesso em: 15 ago. 2018.

Yadav, S.; Pathera, A. K.; Islam, R. U. I.; Malik, A. K.; Sharma, D. P. Effect of wheat bran and dried carrot pomace addition on quality characteristics of chicken sausage. Asian-Australasian Journal of Animal Sciences (AJAS), v. 31, n. 5, p. 729-737, 2018.

Zenebon, O.; Pascuct, N.S.; Tiglea, P. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. Capítulo 6 – Análise Sensorial. 4. Ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.

Downloads

Publicado

2020-01-25

Edição

Seção

Tecnologia de Alimentos