EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO: DESAFIOS PARA A PRÁTICA DOCENTE EM CONTEXTO PÓS COVID-19

Autores/as

  • Alessandra Nicodemos UFRJ
  • Breno Ventura Barbosa Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i3.2266

Resumen

O presente artigo possui como objetivo central promover a discussão dos impactos dos processos de educação remota implementados durante a pandemia da COVID-19 nas escolas de Educação de Jovens e Adultos da rede estadual de educação do Rio de Janeiro. Assume destaque no trabalho os processos de resistência e de assimilação pelos docentes das diretrizes praticadas pelo poder público, onde foi conferida à educação remota um lugar central. Em contraposição às muitas contradições presentes no Ensino Remoto, devemos considerar que o processo de didatização dos conteúdos em práticas escolares é muito intricado e se estrutura por variados e distintos procedimentos complementares que se conjugam, chocam-se, estabilizam-se e se transformam temporalmente, por outro lado, conciliam os diferentes saberes que os professores mobilizam, como o saber de sua disciplina de referência, o saber pedagógico e, principalmente o saber da experiência. No entanto, de forma aligeirada e abrupta, sem formação específica ou experiência prévia, a comunidade escolar foi inserida em um experimento social sem precedente na história recente da educação escolar no Rio de Janeiro, com o estabelecimento de uma educação remota de grande envergadura, mas com pouco alcance efetivo sobre a comunidade escolar e, em perspectiva, com parcos resultados promissores para os processos de ensino e aprendizagem, principalmente considerando as especificidades dos educandos jovens e adultos.

PALAVRAS-CHAVE: Educação de Jovens e Adultos; Ensino Remoto; Prática Docente; Absenteísmo Digital

Biografía del autor/a

Alessandra Nicodemos, UFRJ

Doutora em Educação pela UFF e docente da Faculdade de Educação da UFRJ.

Breno Ventura Barbosa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Licenciando em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e integrante do Coletivo de Pesquisa Juventude, Desigualdade Social e EJA.

Citas

ANDRÉ, M. Etnografia da Prática Escolar. Campinas: Papirus, 2005.

AUTOR 01; et al. Prática Docente em Geografia e História no contexto do Programa Nova EJA–RJ. Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos, v. 8, p. 1-24, 2020.

AUTOR 01; SERRA, E. Educação de Jovens e Adultos em contexto pandêmico: entre o remoto e a invisibilidade nas políticas curriculares. Revista Currículo sem Fronteiras, v. 20, p. 871-892, 2020.

ALVES, A.; SILVA, H.; ALVES, L. Desordem Planejada como política para a Educação: análise das ações e silenciamentos da SEEDUC-RJ para a EJA na pandemia (2020). Revista Cocar. Edição Especial N.11/2022 p.1-18

MACEDO, Renata. Direito ou privilégio? Desigualdades digitais, pandemia e os desafios de uma escola pública. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 34, nº 73, p.262-280, Maio-Agosto 2020.

CHARLOT, B. A pesquisa educacional entre conhecimentos e práticas: especificidades e desafios de uma área de saber. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n° 31, jan-abr. 2006.

NEVES, L. A sociedade civil como espaço estratégico de difusão da nova pedagogia da hegemonia. In NEVES (org.) A nova pedagogia de hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005.

PÁDUA, Elisabete. Análise de conteúdo, análise de discurso: questões teórico-metodológicas. Revista de Educação PUC-Campinas, n. 13, pg. 21-30. Novembro de 2002.

OLIVEIRA, E. [et. all] Análise de conteúdo e pesquisa na área da educação. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.9, p.11-27, maio/ago. 2003.

DUARTE, R. Entrevistas em pesquisas qualitativas. Revista Educar, Curitiba, n. 24, p. 213-225, Editora UFPR, 2004.

Publicado

2022-09-19

Cómo citar

Nicodemos, A., & Barbosa, B. V. (2022). EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO: DESAFIOS PARA A PRÁTICA DOCENTE EM CONTEXTO PÓS COVID-19. Revista Ciências & Ideias ISSN: 2176-1477, 13(3), 54–66. https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i3.2266