ENSINO DE ENGENHARIA NO BRASIL E NO MUNDO: PERCEPÇÕES DE INTERCAMBISTAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22407/2018.v9i3.897

Palavras-chave:

política pública, educação, intercâmbio de estudantes, ensino de engenharia.

Resumo

O Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) foi implantado como política de governo para o Ensino Superior pelo Governo Federal brasileiro, entre 2012 e 2015, com a finalidade de fomentar a internacionalização nos cursos de graduação. Este artigo objetiva discutir o CsF e sua influência a partir da experiência de 25 estudantes de Engenharia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que fizeram graduação sanduíche em 11 países. A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou-se da metodologia de grupos focais. Os resultados demonstram boas condições de acolhimento nos países de destino e metodologia mais diversificada e menos centrada no professor. Sugere-se que o CsF se institucionalize como política que contribua com a Educação Superior brasileira.

Biografia do Autor

Luis Maurício Martins de Resende, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Ponta Grossa

Professor titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, onde atualmente responde pela Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional. Atua no Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção, onde coordena o grupo de pesquisa em Engenharia Organizacional e Redes de Empresas - EORE, e no Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Tecnologia, onde coordena o grupo de pesquisa em Ensino de Engenharia. Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1991) e doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001)

Maria Marilei Soistak Christo, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Ponta Grossa

Departamento de Educação - Pedagoga, Doutoranda em Ensino de Ciência e Tecnologia na UTFPR campus Ponta Grossa.

Fábio Edenei Mainginski, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Ponta Grossa

Departamento de Mecânica - UTFPR - Doutorando em Ensino de Ciência e Tecnologia na UTFPR campus Ponta Grossa.

Débora Barni de Campos, Professora efetiva da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) campus de São Bento do Sul (CEPLAN)

Departamento de matemática, Doutoranda em Ensino de Ciência e Tecnologia na UTFPR campus Ponta Grossa

Referências

ALMEIDA, M. L. P. et al. A expansão da educação superior no Brasil sob influência da declaração de Bolonha: primeiras aproximações. Curitiba: CRV, 2015.

AZEVEDO, M. L. de (Org.). Políticas públicas; debates contemporâneos e educação. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2008.

BALL, S. J. Educação Global S. A.: Novas redes políticas e o imaginário neoliberal. Tradução de Janete Bridon. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2014.

BARBOUR, R. Grupos focais: coleção pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman Editora, 2009.

BARDIN. L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70, 1977.

BARREIRA, M. C. R. N. Avaliação participativa de programas sociais. São Paulo: Veras Editora, 2002.

BONETI, L. W. Políticas públicas por dentro. Ijuí: Unijuí, 2011.

BORGES, T. de M. D. et al. Análise dos objetivos do programa ciências sem fronteiras: ótica do graduando em engenharia de produção. IN: XIII Coloquio de Gestión Universitaria en Américas, UFSC, 2013.

BRASIL. Congresso. Senado. Requerimento nº 4, de 2015, que encaminha o Relatório nº 21, de 2015, de Avaliação de Políticas Públicas, da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. Diário do Senado Federal, Brasília, DF, 19 dez. 2015. Seção 1, p. 10.

CAPES. Disponível em:

CASTRO, A. A.; CABRAL NETO, A. O ensino superior: a mobilidade estudantil como estratégia de internacionalização na América Latina. Rev. Lusófona de Educação, Lisboa, n. 21, p. 69-96, 2012.

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS (CsF). Disponível em: Acesso em: 23 fev. 2016>

COSTA, A. C. G. Tempo de servir: o protagonismo juvenil passo a passo; um guia para o educador. Belo Horizonte: Universidade, 2001.

DE MARI, C. L.; THIENG, L. C. Ciência e políticas: análise do programa ciência sem fronteiras a partir da perspectiva gramsciana. Educação e Fronteiras On-Line, v. 4, n. 11, p. 39-56, 2015.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Editora Paz e Terra S/A, 2006.

GONÇALVES, A. A.; TOMAÉL, M. I. Proteção do conhecimento e inovação: as amarras explícitas em uma universidade do Paraná/ Knowledge protection and innovation: the explicit ties in a university of Paraná, Brazil. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 609-623, 2014.

GRIMSON, J. Re-engineering the curriculum for the 21st century. European Journal of engineering Education, Abingdon, v. 27, n.1, p. 31–37, 2002.

KATEHI, L.; PEARSON, G.; FEDER, M. Engineering in K-12 Education: Understanding the Status and Improving the Prospects. Washington: National Academy Press, 2009.

Koehn, E. ABET program criteria for educating engineering students. International Conference on Engineering Education, ICEE'99, Paper 413, 1999.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2005.

MA, M. J. S., LIMA, E. F. G., PAVIOTTI, A. B., MATSUYAMA, D. T., SILVA, L. K. D. D., GONZALEZ, C., ... & ILIAS, M. Aspectos das fortalezas e fragilidades no uso das metodologias ativas de aprendizagem. Revista brasileira de educação médica, v. 34, n. 1, p.13-20.

MASETTO, M. Metodologias Ativas e o Processo de Aprendizagem na Perspectiva da Inovação. São Paulo: Congresso Internacional PBL, 2010.

MILLS, J.E., TREAGUST,D.F. Engineering education – is problem based or project-based learning the answer? Australian Journal of Engineering Education, 2002. Disponível em

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). Disponível em: Acesso em 28 mar. 2016.

MIRANDA, A. Biblioteca universitária no Brasil: reflexões sobre a problemática. CAPES/MEC, 1978. Disponível em: . Acesso em 25 fev. 2017.

PEREIRA, V. M. Relatos de uma política: uma análise sobre o Programa Ciência sem Fronteiras. 2013. 123 f., Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) - Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Ed. Feevale, 2013.

SPEARS, E. The value of an intercambio: brazilian student mobility, bilateralism & international education. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 8, n. 1, p.11-21, 2014.

SILVA, A.M.M. A construção das bibliotecas universitárias no Brasil. Revista Informação & Universidade, v. 2, n. 1, p.3-23, 2010.

TANOUE, A. D.; MORILAS, L. R. A internacionalização do ensino superior no Brasil: um estudo de caso das políticas da Universidade de São Paulo. IN: III Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países de Língua Portuguesa. 2013.

ZAINKO, M. A. S. Políticas de formação de professores na universidade pública: uma análise de necessidades, entre o local e o global. Educar em Revista, Curitiba, n.37, p. 113-127, maio/ago. 2010.

Downloads

Publicado

2019-01-27

Edição

Seção

Relato de Experiência