EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO: DESAFIOS PARA A PRÁTICA DOCENTE EM CONTEXTO PÓS COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i3.2266Resumo
O presente artigo possui como objetivo central promover a discussão dos impactos dos processos de educação remota implementados durante a pandemia da COVID-19 nas escolas de Educação de Jovens e Adultos da rede estadual de educação do Rio de Janeiro. Assume destaque no trabalho os processos de resistência e de assimilação pelos docentes das diretrizes praticadas pelo poder público, onde foi conferida à educação remota um lugar central. Em contraposição às muitas contradições presentes no Ensino Remoto, devemos considerar que o processo de didatização dos conteúdos em práticas escolares é muito intricado e se estrutura por variados e distintos procedimentos complementares que se conjugam, chocam-se, estabilizam-se e se transformam temporalmente, por outro lado, conciliam os diferentes saberes que os professores mobilizam, como o saber de sua disciplina de referência, o saber pedagógico e, principalmente o saber da experiência. No entanto, de forma aligeirada e abrupta, sem formação específica ou experiência prévia, a comunidade escolar foi inserida em um experimento social sem precedente na história recente da educação escolar no Rio de Janeiro, com o estabelecimento de uma educação remota de grande envergadura, mas com pouco alcance efetivo sobre a comunidade escolar e, em perspectiva, com parcos resultados promissores para os processos de ensino e aprendizagem, principalmente considerando as especificidades dos educandos jovens e adultos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação de Jovens e Adultos; Ensino Remoto; Prática Docente; Absenteísmo Digital
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