SUBSÍDIOS PARA EMPREGO DE FONTES RADIOATIVAS AOS FINS EDUCACIONAIS: REFLEXÕES A PARTIR DE ELETRODOS DE TUNGSTÊNIO CONTENDO TÓRIO

Resumo

Eletrodos de tungstênio contendo dióxido de tório (ThO₂) são encontrados no comércio específico e utilizados em determinadas soldas desde sua descoberta. Diversos trabalhos realizaram estudos da radiação proveniente desses eletrodos oriundos de distintos fabricantes, caracterizando doses tomadas por aqueles que os utilizam no trabalho de solda diário, por aqueles que os vendem em balcão, por aqueles que transportam caixas do produto via caminhões etc., sempre avaliando e alertando aos cuidados de usos frequentes com razoáveis quantidades do produto. Este estudo leva em conta a propagação de propostas educacionais que divulgam atividades em física nuclear sugerindo o envolvimento de pequenas quantidades de radioisótopos, inclusive o radioisótopo presente nos eletrodos de tungstênio, ou até mesmo com baixas atividades quando comparadas aos níveis de isenção impostos pelo órgão regulador nacional, Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Deste modo, procura-se aqui estabelecer uma avaliação das estimativas de atividades e doses para três tamanhos desses eletrodos radioativos. Com isso, as conclusões deste trabalho não têm a pretensão de ‘criminalizar’ o uso dos eletrodos como materiais educacionais, exemplificados na situação, mas reflexões que sirvam para conscientizar o educador científico das legalidades envolvidas quando almejar o emprego de uma fonte radioativa em situação pedagógica. Nesse sentido, sugerem-se recomendações aos procedimentos legais necessários quando dessa utilização, mesmo que uma fonte radioativa qualquer esteja com atividade inferior ao nível de isenção estabelecido pela CNEN.