JOGO THERMO10 COMO RECURSO DIDÁTICO DIGITAL PARA O ENSINO DE TERMOQUÍMICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2021.v1213.1711

Palavras-chave:

Jogo digital, Termoquímica, Tecnologias digitais

Resumo

Os jogos digitais fazem parte do modelo digital que rege e compõe o mundo tecnológico atual e na educação são reconhecidos como viabilizadores dos processos de ensino e aprendizagem. Jogos digitais estão presentes no cotidiano de muitos estudantes e professores. Este artigo apresenta as percepções de professores e futuros professores (licenciandos) de Química em relação a um jogo digital envolvendo conceitos da termoquímica, através de uma pesquisa qualitativa realizada em três etapas (aplicação do jogo, do questionário e análise das respostas). As percepções dos professores e dos licenciandos revelam que eles consideram que o jogo digital Thermo10 representa, potencialmente, um recurso didático digital que pode contribuir para a construção do conhecimento dos conteúdos envolvidos na termoquímica. Além disso, o jogo possibilita momentos de interação entre os sujeitos (estudante-estudante e estudantes-professor), entre os sujeitos e o conteúdo a ser apreendido, auxiliando no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que o jogo produzido se mostrou importante tanto em ensinar os conceitos da termoquímica quanto para aproximar e contextualizar estes conteúdos ao dia a dia dos estudantes.

Biografia do Autor

Afonso Feitosa Reis Filho, Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco

Mestre em Química pelo Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI). Graduação em Licenciatura Plena em Química pela UNICAP/PE (1991) e Informática pela UFRPE (2013). Atualmente é professor da Prefeitura da Cidade do Paulista/PE e do Governo do Estado de Pernambuco.

Bruno Silva Leite, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professor de Química e de Tecnologias no Ensino de Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Licenciado em Química (2008) e mestre no Ensino de Ciências (2011) pela UFRPE e Doutor em Química Computacional (2016) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Coordenador do programa de mestrado profissional em Química (PROFQUI) da UFRPE. Docente permanente do programa de pós-graduação em Ensino das Ciências da UFRPE. Vice-diretor da divisão de ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química.Coordenador do Laboratório para Elaboração e Utilização de Tecnologias no Ensino de Química (LEUTEQ) e do Grupo de pesquisa InPraMEQ (Investigação de Práticas Metodológicas no Ensino de Química) da UFRPE. Tem experiência na área de Química e Ensino de Química: Em Química desenvolve pesquisas em Astroquímica e Química Computacional; Em Ensino de Química atua principalmente nas seguintes temáticas: (1) Tecnologias no Ensino de Química; (2) Metodologias Ativas, Aprendizagem Tecnológica Ativa, Gamificação e Ensino Híbrido; (3) processos e materiais educativos no Ensino de Ciências/Química; (4) Experimentação, divulgação científica e formação de professores.

Marcelo Brito Carneiro Leão, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Pós-Doutor no uso das Tecnologias da Informaçao e Comunicaçao no Ensino de Ciências pela Universitat de Barcelona (2006). Doutor e Mestre em Química Computacional pela Universidade Federal de Pernambuco (1994 e 1999). Licenciado em Química pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1988). É Professor Titular da Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde ministra aulas no Curso de Licenciatura em Química e no Programa de Pós-Graduaçao em Ensino de Ciências. Coordenador do Núcleo SEMENTE (Sistemas para a Elaboração de Materiais Educacionais com uso de Novas Tecnologias) da UFRPE. 

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Publicado

2021-10-05