CRIAÇÃO DE GAME INTELIGENTE EM BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULADORES DE ALIMENTOS
Resumo
Com o aumento do número de refeições realizadas fora dos domicílios, cresce também a preocupação com a segurança dos alimentos e sua responsabilidade ambiental. O treinamento dos manipuladores é uma ferramenta essencial para transmissão dos conceitos em boas práticas higiênicas e ambientais e este pode ser realizado de uma maneira lúdica, através de jogos, capazes de estimular o seu raciocínio, reflexão e motivação. Objetivou-se neste trabalho o desenvolvimento de um game inteligente, capaz de treinar e avaliar os manipuladores de alimentos através da coleta de dados e direcionar uma intervenção específica para cada erro identificado, contribuindo para o aprendizado e a formação continuada desses manipuladores. O game foi criado por uma equipe composta de profissionais com diferentes expertises, baseada na metodologia design science, passando pela identificação do problema, desenvolvimento de uma solução, criação de um artefato, realização de testes e culminando na sua validação através da simulação de uma jogada. Com a simulação do game foi possível identificar, através dos dados coletados, o número de cliques inadequados em cada cena e sub cena bem como o tempo dispendido em cada uma delas, o que possibilita uma intervenção individualizada e direcionada, evitando que as não conformidades identificadas voltem a ocorrer.Referências
ABRASEL. (2015). Alto consumo com alimentação fora do lar beneficia franquias do setor. Disponível em http://www.abra-sel.com.br/component/content/article/7-noticias/3592-26062015-alto-consumo-com-alimenta-cao-fora-do-lar-beneficia-franquias-do-setor.html
Brasil. (2002). Resolução RDC nº275 de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos.
Brasil. (2004). Resolução RDC nº216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação
Brasil. (2016). Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil. Disponível em http://portalsaude.saude.gov.br/ima-ges/pdf/2016/junho/08/Apresenta----o-SurtosDTA-2016.pdf
Campos, L. M. L., Bortoloto, T. M., & Felício. A. (2002). Produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Instituto de Biociências - UNESP.
COLARES, L. G. T., FIGUEIREDO, V. O., & MELLO, A. (2014). Lista de verificação de boas práticas ambientais em serviços de alimentação. Disponível em http://www.crn4.org.br
Figueiredo, E. C., Vieira, R. B., & Fonseca, K. Z. (2014). Um novo olhar sobre a capacitação de manipuladores de alimentos. Revista Funec Científica – Nutrição, 2(3): 57-67.
Góes, J. A. W., Furtunato, D. M. N., Veloso, I. S., & Santos, J. M. (2001). Capacitação dos manipuladores de alimentos e a qualidade da alimentação servida. Revista Higiene Alimentar, 15(82): 20-22.
IBGE. (2010). Pesquisa de Orçamentos Familiares: Despesas, rendimentos e condições de vida. Disponível em https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45130.pdf
Lacerda, D.P., Dresch, A., Proença, A., & Antunes Júnior, J. A. V. (2013). Design Science Research: método de pesquisa para a engenharia de produção. Gestão & Produção, 20(4): 741-761.
Leite, C. L., Cardoso, R. D. C. V., Góes, J. A. W., Figueiredo, K. V. N. D. A., Silva, E. O., Bezerril, M. M., Vidal Junior, P. O., & Santana, A. A. C. (2011). Formação para merendeiras: uma proposta metodológica aplicada em escolas estaduais atendidas pelo programa nacional de alimentação escolar, em Salvador/Bahia. Revista Nutrição, 24(3): 275-285.
Machado, L. D. S., Moraes, R. M. D., Nunes, F. L. D. S., & Costa, R. M. E. D. C. (2011). Serious Games Baseados em Realidade Virtual para Educação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica, 35(2): 254-262.
Marques, C. V. M., Oliveira, C. E. T., Motta, C. L., & Barreira, C. V. (2015). Games Inteligentes: Investigação Científica por Jogos Computacionais. Revista Informática Aplicada, 11(1).
Marques, C. V. M. (2017). EICA - Estruturas internas cognitivas aprendentes: um modelo neuro-computacional aplicado à instância psíquica do sistema pessoa em espaços dimensionais (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e de Computação. Universidade federal do Rio de Janeiro.
Nolla, A. C, & Cantos, G. A. (2005). Relação entre a ocorrência de enteroparasitoses em manipulação de alimentos e aspectos epidemiológicos em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Caderno de Saúde Pública, 2(21): 641-645.
Pospischek, V. S., Spinelli, M. G. N., & Matias, A. C. G. (2014). Avaliação de ações de sustentabilidade ambiental em restaurantes comerciais localizados no município de São Paulo. Demetra: alimentação, nutrição e saúde, 9(2): 595-611.
Santana, E. M. (2008). A influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. Programa de Pós-Graduação Inter unidades em Ensino de Ciências. Universidade de São Paulo.
São Paulo. (2013). Portaria CVS nº 5, de 9 de abril de 2013. Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção. Disponível em http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/PORTARIA%20CVS-5_090413.pdf
Sordi, J.O., Azevedo, M.C., & Meireles, M. A. (2015). Pesquisa design science no brasil segundo as publicações em administração da informação. Journal of Information Systems and Technology Management, 12(1): 165-186.
WHO. (2015). WHO’s first ever global estimates of foodborne diseases find children under 5 account for almost one third of deaths. Disponível em www.who.int/mediacentre/news/releases/2015/foodborne-disease-estimates/en/
