ANÁLISE DA DUREZA DO AÇO ABNT 1524M EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA DE REVENIMENTO

Autores

  • Isabelle Caroline Antunes de Souza CEFET-MG
  • Ernane Rodrigues da Silva CEFET-MG
  • José Rubens Gonçalves Carneiro CEFET-MG

DOI:

https://doi.org/10.22407/1984-5693.2022.v14.p.e20221405

Resumo

O aço ABNT 1524M é um aço ligado, com baixo teor de carbono, cujo principal elemento de liga é o Mn, por isso este aço pode atingir elevados níveis de dureza e resistência mecânica, devido ao aumento da temperabilidade e endurecimento por solução sólida. Por ser um aço de fácil usinagem, ele é utilizado para fabricação de produtos forjados, onde é necessária a combinação de boa resistência mecânica, elevada soldabilidade e conformabilidade.O estudo dos tratamentos térmicos é de grande importância para o desenvolvimento de novas metodologias de produção industrial, pois permitem que processos já conhecidos tornem-se mais eficientes. Tendo em vista a ampla utilização industrial de aços temperados e revenidos, torna-se importante a avaliação do comportamento da dureza de um aço durante o processo de revenimento com a variação de temperatura. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a evolução da dureza do aço ABNT 1524M de acordo com a variação da temperatura de revenimento. Para a realização dos experimentos foram utilizadas barras de aço ABNT 1524M, que foram temperadas utilizando maçarico com resfriamento em água agitada e posteriormente revenidos por 1h em temperturas variando de 200ºC a 700ºC. Foram realizados
ensaios de dureza, utilizando a escala Rockwell C. Por fim uma análise estatística dos dados foi realizada com o auxílio do Minitab. Após o tratamento térmico de têmpera a dureza média encontrada foi de 54 ± 1 HRC. Após os revenimentos notou-se que a dureza do aço ABNT 1524M reduziu de acordo com a variação de temperatura devido ao alívio de tensões e às transformação de fases ocasionada pelo tratamento térmico, esta redução pode variar entre 3% (T = 450°C) até 26% (T = 400°C). Entretanto, através das análises do Minitab, verificou-se que não há uma nítida tendência de redução da dureza durante o revenimento, visto que no teste de igualdade de variâncias houve intercessão entre os intervalos analisados. A amostragem utilizada não apresentou outliers e os testes de igualdade de variâncias e médias demonstraram uma confiabilidade de 95%.

Referências

CASTRO DBV. Influência da Temperatura de Austenitização para Têmpera e de Revenimento na Tenacidade e na Vida em

Fadiga do Aço SAE 5160 com Diferentes Teores de Fósforo. Dissertação (Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais) –

Universidade de São Paulo. São Carlos, 168 p. 2007.

CHIAVERINI V. Aços e Ferros Fundidos. ABM, 6ª ed., São Paulo, 1988.

CHIAVERINI V. Tecnologia Mecânica: Materiais de Construção Mecânica; Volume III. McGraw-Hill, 2ª ed., São Paulo, 1979.

CORRÊA RS; SAMPAIO PT; BRAGA AP. Modelagem das propriedades mecânicas de tubos de aço, utilizando redes neurais

artificiais. 19° Seminário de Automação & TI Industrial, Rio de Janeiro, 43 – 51, 2015.

COSTA ALV; MEI PR. Aços e Ligas Especiais. Editora Edgard Blücher, 2ª ed., São Paulo, 2006.

GERDAU AÇOS FINOS PIRATINI. Manual de Aços. Edição atualizada 2003.

MAIA DM. Levantamento da cinética de revenimento de um aço – carbono ligado ao V, B, Cr, Ni e Mo. Dissertação (Metrado

em Engenharia Metalúrgica e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 90 p. 2010.

NETO PVR. Análise do revenimento nas propriedades mecânicas e microestruturais do ferro fundido nodular austemperado

com matriz ferrítica. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo

Horizonte, 128 p. 2017.

NORO MRF; GORNI AA. O uso do parâmetro de revenimento no tratamento térmico de chapas grossas na Usiminas - Cubatão.

° Seminário de Laminação – Processos e Produtos Laminados e Revestidos, Santos, 2009.

PENHA RN. Modelagem do processo de revenimento por redes neurais. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) – Escola

de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 151 p., 2010.

PINTO LA. et al.. Estudo comparative de identificação e quantificação de austenite retida em aço Trip por difração de raio-X e

difração de elétrons retroespalhados. 74° Congresso Anual da ABM – Internacional. São Paulo, 2019.

SOUZA SA. Composição química dos aços. Editora Edgard Blücher Ltda, 5ª reimpressão, São Paulo, 2018.

WAN N, XIONG W, SUO J. Mathematical Model for Tempering Time Effect on Quenched Steel Based on Hollomon Parameter.

Journal of Materials Science and Technology 21(6), 803 - 806, 2005.

Downloads

Publicado

23-12-2022

Edição

Seção

ARTIGOS CIENTÍFICOS