“QUEM VÊ CLOSE NÃO VÊ CORRE”: MEMÓRIAS DE DOCENTES DO IFRJ NITERÓI SOBRE LUTAS NA ADOLESCÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.22407/1984-5693.2021.v13se.p.26-37Palavras-chave:
História oral, memórias de luta, reflexões sobre docência.Resumo
O artigo representa um recorte que incide sobre resultados parciais do projeto “Trajetórias educacionais e profissionais de docentes do IFRJ campus Niterói: história e memória”, cujos objetivos são recuperar, registrar e analisar aspectos biográficos de docentes a partir da coleta de depoimentos orais, os quais foram transcritos. A metodologia utilizada na elaboração da pesquisa e deste trabalho apoiou-se em procedimentos teórico-metodológicos da História Oral, fazendo uso de um acervo constituído de transcrições de 19 entrevistas concedidas por docentes de áreas técnicas e propedêuticas. Esse acervo foi elaborado pela equipe de pesquisa autora deste artigo ao longo de dois anos de trabalho. O artigo pretende sintetizar resultados de uma análise temática do conteúdo dessas entrevistas, abarcando apenas uma categoria analítica, a qual pode ser expressa na seguinte questão: Que situações desafiadoras ou “lutas” os professores tiveram de enfrentar na adolescência e início da juventude para levar a cabo os estudos? A conjuntura atual atravessada por múltiplas crises que se retroalimentam (crise econômica, sanitária, política, educacional etc.), repercute no contexto da educação e se materializa muitas vezes em desesperança e evasão escolar. Não nos apoiamos em argumentos fundados na lógica meritocrática, mas acreditamos que o compartilhamento de fragmentos das histórias de luta de docentes pode contribuir com o processo de reflexão e autoconhecimento da comunidade acadêmica, bem como pode inspirar os discentes em suas lutas do tempo presente.
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