TORÓ DO IMAGINÁRIO: UMA PROPOSTA EDUCATIVA DIALÓGICA SOBRE TEMAS SOCIOAMBIENTAIS PRODUZIDA DURANTE O ENSINO REMOTO

Autores

  • Paolo de Castro Martins Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Doutorando
  • Bruno Vilela Vasconcelos Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Ciências Biológicas
  • Bruna Miranda Valle Lima Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Ciências Biológicas
  • Susana Melo da Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Ciências Biológicas
  • José Victor Lemos Ventura Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Odontologia
  • Rafael Nogueira Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro/Professor Adjunto

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i3.2249

Palavras-chave:

educação ambiental, educação em ciências, formação docente, audiovisual, pandemia

Resumo

O artigo relata e discute uma experiência educativa dialógica com base em uma disciplina eletiva da graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, oferecida durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Dialoga com a perspectiva de bell hooks e de Paulo Freire no campo educacional e experimenta a “cartografia do imaginário”, elaborada por Michèle Sato. A educação ambiental desde el Sur serviu de substrato para as reflexões sobre a formação docente e de cientistas no campo das Ciências Biológicas. Propõe processos dialógicos em rede e de maneira digital. A partir de temas socioambientais estabelece a troca de olhares pela produção de fotografias e vídeos e pelas narrativas escritas e orais das experiências vividas no isolamento social. Conclui que no período da experiência deste artigo, a produção audiovisual compartilhada constituiu um processo fértil para criação de uma proposta didática dialógica durante o ensino remoto, principalmente quando esteve contextualizada às realidades socioambientais dos estudantes. Os princípios da educação popular, como a dialogicidade, a horizontalidade e a contextualização às realidades locais podem se fazer presentes mesmo em atividades remotas, o que pode facilitar a construção de processos pedagógicos significativos.

 

PALAVRAS-CHAVE: educação ambiental; educação em ciências; formação docente; audiovisual; pandemia

 

Biografia do Autor

Paolo de Castro Martins, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Doutorando

Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. É pesquisador do Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur (GEASur/UNIRIO) e do grupo de pesquisas Imaginamundos (UFRJ). Possui graduação (bacharelado e licenciatura) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense - UFF.

Bruno Vilela Vasconcelos, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Ciências Biológicas

Graduando em Ciências Biológicas (bacharelado) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vinculado ao Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem) em Macaé. Integrante do Laboratório Imaginamundos e ao Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur (GEASur/UNIRIO).

Bruna Miranda Valle Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Ciências Biológicas

Graduanda em Ciências Biológicas (licenciatura) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Susana Melo da Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Ciências Biológicas

Graduanda em Ciências Biológicas (bacharelado) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

José Victor Lemos Ventura, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Estudante de graduação em Odontologia

Graduando em Odontologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Rafael Nogueira Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Professor Adjunto

Professor Adjunto na Universidade Federal do Rio de Janeiro, vinculado ao Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade(Nupem/UFRJ)

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Publicado

2022-09-26