O LUGAR OCUPADO PELA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA LICENCIATURA EM QUÍMICA DO IFRJ CDuC: O QUE DIZEM OS LICENCIANDOS
DOI:
https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i2.2123Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos, Ensino de Química, Formação inicial de professores.Resumo
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) ocupa lugar marginalizado em muitas formações acadêmicas, inclusive na formação de futuros professores de Química. Tendo como premissa a importância de se refletir sobre esse assunto desde a formação inicial, tem-se como objetivo, nesta pesquisa, mapear o lugar que a EJA ocupa na formação de futuros professores de Química do Instituto Federal do Rio de Janeiro campus Duque de Caxias (IFRJ CDuC), a fim de se responder a seguinte pergunta: qual lugar ocupa a EJA na formação dos licenciandos em Química do IFRJ CDuC? Para tal investigação, o principal instrumento de coleta de dados foi um questionário produzido no Google Forms, com perguntas abertas e fechadas, analisado por meio de uma abordagem qualitativa de pesquisa. Como resposta ao questionário, tem-se 93,1% dos licenciandos afirmando que não se consideram preparados para lidar com as especificidades da EJA. Além disso, ao observar a nuvem de palavras formada a partir da reflexão provocada pelo questionário, as palavras usadas para descrever o lugar da EJA foram, entre outras, “nenhum”, “inexistente” e “segundo plano”. A partir dessas respostas e da constatação de que não há na grade curricular da Química no IFRJ CDuC uma disciplina obrigatória sobre a EJA, defendemos a inclusão da EJA como uma disciplina obrigatória na grade da Licenciatura em Química do IFRJ CDuC como um processo reparatório com os alunos e os futuros professores de Química, já que a EJA requer reflexões próprias dadas as suas particularidades e seu histórico de luta na garantia dos direitos à Educação escolar.
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