EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA E AÇÕES NA ESCOLA: O CASO DOS BIVALVES MARINHOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i4.1849

Palavras-chave:

Ensino de Ciências. Formação de Professores. Negligência Zoológica.

Resumo

A escola desponta como aliada da Educação Ambiental Crítica (EAC) ao considerar à teia de relações sociais, naturais e culturais em que vive o ser humano. Com o intuito de refletir sobre as vivencias do estágio supervisionado no ensino fundamental pautadas na EAC, delineamos esta pesquisa qualitativa descritiva, utilizando o diário de campo e a narrativa autobiográfica. A autobiografia versou sobre as experiências de um licenciando em Ciências Biológicas, modalidade a distância da Universidade Estadual do Ceará, Universidade Aberta do Brasil (UECE/UAB), oriundas do estágio supervisionado no ensino fundamental II. Durante o estágio, foi possível observar que as aulas eram expositivas e pouco dialógicas, e para contemplar práticas atrativas e dialógicas a regência foi realizada na forma de uma oficina pedagógica intitulada “Mergulho Educativo”, onde constatamos que os alunos reconheciam animais marinhos como tartarugas, baleias e golfinhos, mas desconheciam ou não se interessavam por animais abundantes e importantes no contexto ecológico e econômico local, como os bivalves marinhos. A partir de então, realizamos imersão bibliográfica e elaboramos uma “Cartilha Ilustrada de Bivalves Marinhos”, composta de 24 páginas e com conteúdos relacionados as características biológicas, ecológicas e econômicas dos bivalves marinhos de ocorrência e utilização nas praias do município de Beberibe, cidade onde a escola está situada. O ciclo de observações, registros, leituras e reflexões que culminaram com as ações educativas de execução da oficina “Mergulho Educativo” e elaboração da “Cartilha Ilustrada de Bivalves Marinhos”, evidencia a importância das práticas pedagógicas e matérias didáticos contextualizados e voltados para a formação biológica e socioambiental dos alunos.

Biografia do Autor

Luís Cassimiro Neto, Universidade Estadual do Ceará – Universidade Aberta do Brasil (UECE/UAB).

Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará – Universidade Aberta do Brasil (UECE/UAB).

Laura Helena Pinto Castro, Universidade Estadual do Ceará – Universidade Aberta do Brasil (UECE/UAB).

É Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará .É Pós-Graduada na área de Educação, tendo Especialização em Formação de Formadores pela Universidade Estadual do Ceará. Possui experiência com pesquisas na área de Zoologia, desenvolvendo trabalhos de investigação científica em herpetologia, com ofídios e lacertílios. Atua como professora de Biologia nas redes particular, municipal e estadual de ensino. Atualmente é tutora à distância do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas/EAD-UAB da Universidade Estadual do Ceará.

Andréa Pereira Silveira, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Possuo Pós-Doutorado (2018) e Doutorado (2012) em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal do Ceará, Mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2002) e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará (1998). Atualmente sou Professora Adjunta da Universidade Estadual do Ceará (UECE), atuando como docente na Graduação em Ciências Biológicas e na Pós-Graduação no Mestrado Profissional em Rede em Ensino de Biologia - PROFBIO/UECE.

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Publicado

2023-04-12

Edição

Seção

Artigos Científicos