NEGAÇÃO DA CIÊNCIA E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22407/2176-1477/2022.v13i1.1788

Palavras-chave:

notícias falsas, ensino de ciências, pseudociência, alfabetização científica.

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar os pensamentos das pessoas em relação à negação da ciência, captados por meio de um questionário, e a forma como as atividades de educação científica e de divulgação da ciência podem colaborar para combater os efeitos perniciosos de movimentos negacionistas da ciência. Foi feita uma revisão bibliográfica para a fundamentação teórica do trabalho desenvolvido, por meio da leitura e análise de livros, teses, dissertações, artigos em revistas especializadas e trabalhos apresentados em congressos acadêmicos. A investigação envolveu a realização e a análise dos desdobramentos de uma atividade de divulgação científica sobre negacionismo da ciência que foi feita de modo remoto, com transmissão simultânea pelo site YouTube. Um questionário foi elaborado para mensurar os pontos de vista existentes acerca de temas como movimentos de negação da ciência e a disseminação de notícias falsas. Este questionário foi respondido, de modo voluntário, por um número total de 72 pessoas. As respostas indicaram os pensamentos que as pessoas têm acerca destes temas, como por exemplo sobre a importância de valorizar a educação e da necessidade de checar informações antes de repassá-las por meio de redes sociais.

PALAVRAS-CHAVE: notícias falsas; ensino de ciências; pseudociência; alfabetização científica.

Biografia do Autor

Jacqueline Xavier Silva Enéas, Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - Caraguatatuba

Estudante do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFSP-Caraguatatuba

Ricardo Roberto Plaza Teixeira, Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - Campus Caraguatatuba

Licenciado e Bacharel em Física pela UNICAMP (1984).

Licenciado e Bacharel em História pela USP (2000).

Mestre em Física Nuclear pela USP (1988).

Doutor em Física Nuclear pela USP (1996).

Professor Titular do IFSP-Caraguatatuba.

Referências

ALBUQUERQUE, Afonso; QUINAN. Rodrigo. Crise epistemológica e teorias da conspiração: o discurso anti-ciência do canal “professor Terra plana”. Revista Mídia e Cotidiano, v. 13, n.3, p. 83-104, 2019.

ANDRADE, Rodrigo. Resistência à ciência. Pesquisa FAPESP, ano 20, n. 284, p. 16-21, out. 2019.

ARENDT, Hannah. Truth & Politics. New York: The New Yorker, 1967.

CAREY, James W. Communication as culture: Essays on media and society. New York: Routledge, 2008.

CARRAHER, David Willian. Senso crítico: do dia-a-dia às ciências humanas. São Paulo: Cengage, 2011.

CASTELFRANCHI, Yurij; VILELA, Elaine Meire; LIMA, Luciana Barreto de; MOREIRA, Ildeu de Castro; MASSARANI, Luisa. As opiniões dos brasileiros sobre ciência e tecnologia. História, educação e ciências – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 20, Sup. 1, p. 1163–1183, nov. 2013.

CASTELFRANCHI, Yurij. Notícias falsas na ciência. Ciência Hoje, 14.01.2019. Disponível em: <http://cienciahoje.org.br/artigo/noticias-falsas-na-ciencia/>. Acesso em: 31 jan. 2021.

CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, n. 22, p. 89-100, Jan/Fev/Mar/Abr 2003.

CUNHA, Camila P. Mercadores da Dúvida: Cientistas contra a Ciência. Com Ciência (Revista Eletrônica de Jornalismo Científico). Dossiê Divulgação Científica, abr. 2018.

DARNTON, Robert. The True History of Fake News. New York, USA: The New York Review of Books, 2017.

GARCIA, Rafael. 7% dos brasileiros afirmam que Terra é plana, mostra pesquisa. 2019. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/07/7-dos-brasileiros-afirmam-que-terra-e-plana-mostra-pesquisa.shtml>. Acesso em: 30 jan. 2021.

GOLDACRE, Ben. Ciência Picareta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

HANCOCK, Jaime. Dicionário Oxford dedica sua palavra do ano, ‘pós-verdade’, a Trump e Brexit. 2016. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/16/internacional/1479308638_931299.html>. Acesso em: 29 jan. 2021.

HOLTON, Gerald. Science and Anti-Science. Cambridge (EUA): Harvard University Press, 1993.

LANDRUM; A. R.; OLSHANSKY, A. The role of conspiracy mentality in denial of science and susceptibility to viral deception about Science. Politics and the life sciences, v. 38, n. 2, p. 193-209, 2019.

LANDRUM; Asheley R.; OLSHANSKY, Alex; RICHARDS, Othello. Differential susceptibility to misleading flat Earth arguments on youtube. Media Psychology, 2019.

LEITE, José Correa. Controvérsias científicas ou negação da ciência? A agnotologia e a ciência do clima. Scientiæ Studia, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 179-89, 2014.

LIVIO, Mario. Tolices brilhantes. Rio de Janeiro: Record, 2017.

PILATI, Ronaldo. Ciência e pseudociência. São Paulo: editora Contexto, 2018.

POPPER, Karl R. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1972.

POSETTI, Julie; MATTHEWS, Alice. A short guide to the history of ’fake news’ and disinformation. 2018. Disponível em: <https://www.icfj.org/news/short-guide-history-fake-news-and-disinformation-new-icfj-learning-module>. Acesso em: 30 jan. 2021.

PROJETO CREDIBILIDADE. A desordem da informação. 2018. Disponível em: <https://www.manualdacredibilidade.com.br/desinformacao>. Acesso em: 31 jan. 2021.

SEGERSTRALE, U. Anti-Science: The fight for science and reason. Science Studies, v. 9, n 1, p. 5-25, 1996.

SCHNEIER, Bruce. Mentirosos e desajustados. Rio de Janeiro: Alta Books, 2013.

SHERMER, Michael. Porque as pessoas acreditam em coisas estranhas. São Paulo: Editora JSN, 2011.

UNESCO. Alfabetização Midiática e Informacional. Brasília: Cetic.br, 2016.

WARDLE, Claire; DERAKHSHAN, Hossein. Information disorder. Estrasburgo, France: Council of Europe, 2017.

Downloads

Publicado

2022-04-15

Edição

Seção

Relato de Experiência