CONTRIBUIÇÕES DAS INTERAÇÕES DISCURSIVAS EM ETAPAS DE EXPERIMENTAÇÃO INVESTIGATIVA EM UM CLUBE DE CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22407/2176-1477/2020.v11i1.1121Palavras-chave:
Interações Discursivas, Experimentação Investigativa, Clube de Ciências.Resumo
Esta pesquisa de abordagem qualitativa analisa como as interações discursivas e reflexões de um professor-monitor durante uma Sequência de Ensino Investigativo (SEI) adotada em um Clube de Ciências, conduzem os alunos ao conhecimento científico após a resolução de um problema. Através de videogravação, diário de campo e entrevistas as informações foram constituídas junto a um professor-monitor e oito alunos. Os resultados mostram padrões nas interações durante a Abordagem Comunicativa em direção ao conhecimento científico na solução de um problema. Em geral, a experimentação investigativa torna-se uma abordagem potencial para interações, por não oferecer procedimentos automáticos para a resolução de problema. Nesse sentido, as atividades não devem se limitar apenas a visualização de fenômenos, fazendo os alunos relacionarem à realidade apenas pelo que é conceitual e visível. O uso da SEI será mais eficaz, na medida em que procura dar conta de questões interativas que se apresentam no ensino de ciências.
Referências
AGUIAR JR, O.; MORTIMER, E. F. Tomada de consciência de conflitos: análise da atividade discursiva de uma aula de ciências. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 01-23. 2005.
ALMEIDA, W. N. C. A argumentação e a experimentação investigativa no ensino de matemática: O Problema das Formas em um Clube de Ciências. 2017.109f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação em Ciências e Matemáticas) - Universidade Federal do Pará, Belém (PA), 2017.
AMARAL, E. M. R.; MORTIMER, E. F. Proposta metodológica para análise de dinâmica discursiva em sala de aula. V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – V – ENPEC – ATAS. Bauru (SP): ABRAPEC, 2005.
AZEVEDO, M. C. P. S.; Ensino por investigação: problematizado as atividades em sala de aula. In CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. p. 19-33.
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. 6ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994.
CAPECCHI, M. C. V.; CARVALHO, A. M. P.; SILVA, D. Relações entre o Discurso do Professor e a Argumentação dos Alunos em uma Aula de Física. Ensaio - Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 02, n. 2, p. 189-208, 2002.
CARVALHO, A. M. P.; VANNUCCHI, A. I.; BARROS, M. A.; GONÇALVES, M. E. R.; REY, R. C. Ciências no ensino fundamental: O conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 2009.
CARVALHO, A. M. P. O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: Carvalho, A. M. P. (Org.) Ensino de Ciências por Investigação: Condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013, p. 1-20.
CARVALHO, A.M.; SASSERON, L. H. Ações e indicadores da construção de argumento em aulas de Ciências. Revista Ensino, v.15, n.2, p.16-189, 2013.
DRIVER, R.; NEWTON, P.; OSBORNE, J. Establishing the norms of scientific argumentation in classrooms. Science Education, Hoboken, v. 84, n. 3, p. 287-312. 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
FURLANI, J. M. S.; MORTIMER, E. F. A apropriação de um currículo de Química na prática de sala de aula. IV Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IV – ENPEC – ATAS. Bauru: ABRAPEC, 2003.
GENTIL, V. Corrosão. 3ª ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1994.
GIL-PÉREZ, D. Orientações didáticas para a formação continuada de professores de Ciências. In Menezes, L. C. (Org.). Formação Continuada de Professores de Ciências no âmbito ibero-americano. Coleção Formação de Professores. Tradução de Inés Prieto Schimidt, S. S. Campinas: Autores Associados; São Paulo: NUPES, 1996.
Autor 2, 2009
Autor 2, 2016
Autor 2, 2017
MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa crítica. Porto Alegre: Editora do Autor, 2005.
MORTIMER, E. F. Linguagem e Formação de Conceitos no Ensino de Ciências. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2000.
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Elaboração de Conflitos e Anomalias em Sala de Aula. In: Eduardo F. Mortimer, Ana Luiza B. Smolka. (Orgs). Linguagem, Cultura e Cognição: Reflexões para o Ensino de Ciências e a Sala de Aula. 1ª ed, Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 107-138.
MORTIMER, E. F.; SCOTT, P. Atividade Discursiva nas Salas de Aula de Ciências: Uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações no Ensino de Ciências. Porto Alegre, v. 7, n. 3, 2002.
Autor 2, 2018.
OLIVEIRA, C. M. A. O que se fala e se escreve nas aulas de Ciências? In: CARVALHO, A. M. P. (Org.) Ensino de Ciências por Investigação: Condições para implementação em sala de aula – São Paulo: Cengage Learning, 2013, p. 63-75.
PESSOA, W. R. Interações sociais em aulas de química: a conservação de alimentos como tema de estudos. 2005. 84f. Dissertação (Mestrado)– Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico. Universidade Federal do Pará, Belém, 2006.
PESSOA, W. R.; ALVES, J. M. Interações discursivas em aulas de química sobre conservação de alimentos, no 1º ano do ensino médio. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. v. 7, n.1, p. 243-260, 2008.
ROSA, M. I. F. P. S.; SCHNETZLER, R. P. Sobre a importância do conceito transformação química no processo de aquisição do conhecimento químico. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 8, p. 31-35, nov. 1998.
SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. 3ª ed. São Paulo: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda., 2006.
SANTOS, W. L. P.; MORTIMER, E. F.; SCOTT, P. H. A Argumentação em Discussões Sócio-Científicas: Reflexões a Partir de um Estudo de Caso. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Porto Alegre – RS, v.1, n.1, p. 140-152, 2001.
SASSERON, L. H., Interações discursivas e investigação em sala de aula: o papel do professor. In: Anna Maria Pessoa de Carvalho. (Org.). Ensino de Ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, v. 1, p. 41-62, 2013.
SCOTT, P. H. Teacher talk and meaning making in science classrooms: A Vygotskian analysis and review. Studies in Science Education, local, v. 32, p. 45-80. 1998.
SCHÖN, D. A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, António (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
SILVA, A. A. B. Interações Discursivas Em Um Curso De Férias: A constituição do conhecimento científico sob a perspectiva da Aprendizagem Baseada em Problemas. 2015. 89f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências) - IEMCI/Universidade federal, 2015.
Autor 2, Autor 1 e outros, 2017
SOUZA, V. F. M.; SASSERON, L. H. As interações discursivas no ensino de física: a promoção da discussão pelo professor e a alfabetização científica dos alunos. Ciênc. educ. Bauru, vol.18, n.3, p. 20, 2012.
TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002.
VYGOTSKY, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda, 2002.
WERTSCH, J. V. Voices of the mind: A sociocultural approach to mediated action. Harvester Wheatsheaf, 1991.
ZANON, L. B.; PALHARINI, E. M. A Química no Ensino Fundamental de Ciências. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 2, p. 15-18, Nov. 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 João Manoel da Silva Malheiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do artigo, e se compromete a enviar como documento suplementar uma carta de consentimento com a assinatura de todos os autores informando que tem a permissão para a submissão do texto assim como assegura que não há violação de direitos autorais e nem qualquer tipo de plágio (incluindo autoplágio).