AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA FARMACOTERAPIA DE PACIENTES DE SAÚDE MENTAL

Autores

  • Vanessa Regina dos Santos Cabral INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Diego da Costa Moreira Barbosa INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Camila Campos Valério INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Evelin Santos Silva
  • Mariana Martins Pinheiro INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Resumo

Em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan na China, surgiu um surto de pneumonia de causa desconhecida, identificada posteriormente pelo patógeno SARS-CoV-2, novo tipo de coronavírus capaz de provocar quadros graves de doenças respiratórias (Covid-19). A pandemia impõe muitos desafios à prática clínica. Com o isolamento social, os atendimentos em saúde tiveram mudanças, desde consultas médicas, exames laboratoriais, tratamentos hospitalares e terapêuticos e dispensação de medicamentos em farmácias e postos de saúde, exigindo adaptação nos protocolos de assistência. Diante do cenário de transformações e incertezas na área da saúde, vislumbramos com esse trabalho contribuir com informações científicas relevantes acerca da farmacoterapia e apontar novas estratégias de atenção farmacêutica que cooperem para a redução do avanço da pandemia e a vulnerabilidade observada em pacientes com transtornos mentais. Para a realização desse estudo, de natureza descritiva e abordagem qualitativa, foram considerados os medicamentos comumente prescritos na farmacoterapia dos transtornos mentais e suas possíveis interações com os medicamentos utilizados nos sintomas da Covid-19 e/ou com bebidas alcóolicas. A RDC n° 357/20, que altera a Portaria n° 344/98, também foi analisada neste estudo. Ela aumenta a quantidade de psicofármacos dispensados, podendo aumentar a possibilidade de intoxicações. Diante das inúmeras interações medicamentosas relatadas que podem ocorrer devido ao uso de psicofármacos associados com os medicamentos usados para tratar os sintomas da Covid-19, observa-se uma maior necessidade de cuidado mais efetivo aos portadores de transtornos mentais quando infectados pela Covid-19. A atenção farmacêutica exerce papel importante no cuidado desses pacientes devido ao aumento da exposição ao risco de complicações terapêuticas. É dever do profissional farmacêutico avaliar a prescrição com psicofármacos e, se preciso, intervir e apontar ao paciente e/ou a equipe de saúde as possíveis interações e os riscos com o uso indiscriminado de medicamentos para o tratamento da Covid-19.

Biografia do Autor

Vanessa Regina dos Santos Cabral, INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

 Discente do Curso Bacharelado em Farmácia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - Campus Realengo

Diego da Costa Moreira Barbosa, INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

 Discente do Curso Bacharelado em Farmácia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - Campus Realengo

Camila Campos Valério, INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

 Discente do Curso Bacharelado em Farmácia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - Campus Realengo

Evelin Santos Silva

Farmacêutica pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

Mariana Martins Pinheiro, INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Farmacêutica pela UFRJ. Doutora e Mestre em Farmacologia e Química Medicinal pela UFRJ. Docente do IFRJ.

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Publicado

2021-12-07

Edição

Seção

ARTIGO DE REFLEXÃO