O ENSINO DO ITALIANO NA OAB
Palavras-chave:
Língua italiana LE, Variedades linguísticas, Ensino socio(inter)comunicativo.Resumo
O presente artigo tem como intuito analisar a pertinência do projeto ItalianOAB vinculado à Ordem dos Advogados Subseção Cascavel, o qual tem como objetivo oferecer aulas de língua italiana para advogados associados e familiares. A oferta de estudo desse idioma na OAB justifica-se pela relação dessa língua com o Direito. Essa afinidade se dá pelo direito do povo romano, o qual embasa a constituição da sociedade pelo ordenamento jurídico e, também, pela cidadania italiana por descendência, Jus Sanguinis. Nesse sentido, o reconhecimento e a valorização da pluralidade linguística, pelo contexto histórico-cultural do oeste do Paraná, no qual conta com um número significativo de descendentes de italianos mostra-se prevalecer entre os interesses apresentados pelos alunos. Para melhor compreender esse contexto de ensino, serão analisados os questionários preenchidos no ato de inscrição dos 25 estudantes da turma de 2020. Serão observados o perfil dos alunos, as motivações e as expectativas, além da experiência in loco da docente e das experiências em sala de aula. Os dados serão analisados a partir do viés teórico dos estudos variacionistas e da Linguística Aplicada, no contexto de ensino cascavelense. Os resultados demonstram a necessidade em considerar a abordagem socio(inter)comunicativa (BELONI, 2021), ou seja, as diversidades linguísticas, a heterogeneidade cultural e a identidade étnica da comunidade nas aulas de língua italiana como língua estrangeira.
Referências
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 7. ed. Campinas, SP: Pontes, 2013.
BALBONI, Paolo E. Le microlingue scientifico professionali. Torino: UTET, 2000.
______. Didattica dell’italiano come lingua seconda e straniera. Torino: Loescher, 2014.
BALHANA, Altiva Pilatti. Italianos no Paraná. In: DE BONI, Luis Alberto (Org.). Presença Italiana no Brasil. Porto Alegre: EST, 1987.
BALLARIN, Elena. Didattica delle microlingue. Formazione degli Insegnanti di Lingua Italiana nel Mondo. 2007. Disponível em: < https://www.itals.it/sites/default/files/Filim_microlingue_teoria_1.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2021.
BECCARIA, Gian Luigi. I linguaggi settoriali in Italia. Milano: Bompiani, 1973.
BEGOTTI, Paola. L’insegnamento della cultura per sviluppare le abilità linguistiche di produzione: una proposta didattica. Revista Italianística, São Paulo, n. 24, p. 69-104, 2012.
BELONI, Wânia Cristiane. Um estudo sobre a fala e a cultura de italodescendentes em Cascavel/PR. 2015. p. 155. Dissertação (Mestrado em Letras) -Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Cascavel, 2015.
______. O ensino de língua italiana para a terceira idade. In: 19ª Anais da Jornada de estudos linguísticos e literários - JELL. Marechal Cândido Rondon, 2017.
______. Língua e cultura italiana: atitudes de ensino e de aprendizagem em Cascavel/PR. 2020. p. 379. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Cascavel, 2020.
______. Caspita! Diversidade linguística e cultural no ensino de língua italiana. Cascavel: Ed. da Autora. Câmara Brasileira do Livro, 2021a. Disponível em: .
______. Caspita! Lingue e culture italiane a confronto - Proposte didattiche. Cascavel: Ed. da Autora. Câmara Brasileira do Livro, 2021b. Disponível em: .
COSTA, Rosella Bozzone; GHEZZI, Chiara; PIANTONI, Monica. Nuovo Contatto A1: Corso di lingua e civiltà italiana per stranieri. 6. ed. Torino: Loescher, 2019.
DEITOS, Nilceu Jacob. Presença da igreja no oeste do Paraná: a construção do imaginário católico (1930-1990). Porto Alegre, 2004. 250 p. Tese (Doutorado em História) - Programa de Pós-graduação em História, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
LEFFA, Vilson J (Org.). Produção de materiais de ensino: teoria e prática. 2.ed. rev. Pelotas: Educat, 2007.
______. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. 2.ed., Pelotas: EDUCAT, 2008.
LUZZATTO, Darcy Loss. Dicionário talian-português. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000.
MELLO, Ana Catarina Moraes Ramos Nobre de; SANTOS, Danúsia Torres dos; ALMEIDA, Patricia Maria Campos de. Leitura em PLE: reflexões. In: CUNHA, Maria Jandyra Cavalcanti; SANTOS, Percília (Orgs.). Tópicos em Português Língua Estrangeira. Brasília: Universidade de Brasília, 2002.
MEZZADRI, Marco. I Ferri del mestiere. Perugia: Guerra, 2003.
MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Oficina de lingüística aplicada. Campinas: Mercado de Letras. 2. ed. 2000.
ROMA. L’Italiano nel mondo che cambia - 2018. Ministero degli Affari Esteri e della Cooperazione Internazionale. Villa Madama, 2018.
ROJO, Roxane. Materiais didáticos no ensino de línguas. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Linguística aplicada na modernidade recente. São Paulo: Parábola, 2013.
SERRAGIOTTO, Graziano. Dalle microlingue disciplinari al CLIL. Novara: UTET, 2014.
SERIANNI, Luca. Italiani scritti. Bologna: Il Mulino, 2003.
VERDUGO, Maria Dolores Ramirez. Varieties across Europe. Handbook on CLIL Implementation across Europe. Cyprus Pedagogical Institute Publications, 2011.
Downloads
Publicado
Versões
- 2023-03-21 (2)
- 2022-01-28 (1)
Edição
Seção
Licença
O autor que publica seu manuscrito no Caderno de Ensino, Linguagens e suas Tecnologias concorda com os seguintes termos:
a) o autor mantém os direitos autorais e concede à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial no Caderno de Ensino, Linguagens e suas Tecnologias;
b) o autor tem autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial no Caderno de Ensino, Linguagens e suas Tecnologias;
c) o autor tem permissão e é estimulado a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).